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Professora Henriqueta Figueiredo em entrevista


PROFESSORA MARIA HENRIQUETA FIGUEIREDO 
Em entrevista ao CINTESIS


Maria Henriqueta Figueiredo, docente da Escola Superior de Enfermagem do Porto, autora do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar e investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, foi considerada uma das "mulheres notáveis” do Serviço Nacional de Saúde.

Começou a trabalhar como enfermeira de família no Centro de Saúde de Torres Novas e "Foi a maior aprendizagem da minha vida. Aprendi o que é ser pessoa, aprendi a aceitar a diferença e aprendi que o mais importante é ser capaz de ouvir e de ajudar os outros nas tomadas de decisão. Eu estava perto nos momentos de felicidade, como o nascimento de um filho, mas também nos momentos de tristeza e sofrimento”, conforme refere na entrevista que concedeu ao CINTESIS.

Em 1999, apesar de ter concorrido para um curso de mestrado em Enfermagem, optou por seguir a vertente da Psicologia Social, área na qual desenvolveu uma investigação sobre a representação das doenças e o seu efeito nas práticas familiares, com enfoque no papel do género e na questão do poder dentro da família.

A sua carreira de docente começou em 2001, na Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto, que viria a fundir-se na atual Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP). Já em 2010 doutorou-se me Enfermagem na Universidade do Porto e, foi então, que surgiu o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, que passou a fazer parte dos conteúdos dos cursos de licenciatura e mestrado em Enfermagem e dos cursos de pós-graduação de Enfermagem em Saúde Familiar. "Queria que o Modelo Dinâmico fizesse sentido para os enfermeiros e que fosse útil para a sua prática e para os seus clientes, que são as famílias e os indivíduos. A apropriação do Modelo por parte dos enfermeiros é efetiva. Eles próprios são formadores sobre o Modelo. Isso deixa-me muito orgulhosa! O conhecimento só faz sentido quando é apropriado por quem o vai utilizar”, afirma.


Em 2011, este Modelo foi adotado pela Ordem dos Enfermeiros, como referencial teórico e operativo em Enfermagem de Saúde Familiar. Entretanto, já se internacionalizou, constando das recomendações da IFNA – Associação Internacional de Enfermagem de Família.

Fez parte o grupo inicial da ESEP que aderiu ao CINTESIS, com o objetivo de "potencializar recursos humanos como investigadores, pela partilha, pela aprendizagem e pelas novas visões”. 

Como investigadora integrada do grupo NursID, do CINTESIS/ESEP, lidera o projeto "MDAIF: Uma ação transformativa em Cuidados de saúde Primários”, que visa o desenvolvimento de novos saberes e de novas práticas em Enfermagem de Saúde Familiar. 

Atualmente é presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Familiar, de que foi fundadora, em 2016, e que conta com mais de 100 sócios, dois congressos realizados e um conjunto de parcerias firmadas. 

Na entrevista ao CINTESIS, a docente refere ainda que está a fazer pós-graduação em Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais e que no futuro, gostava de fazer formação em Direito da Família.
Em 2019, foi homenageada como uma das 40 mulheres notáveis dos 40 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), distinção com a qual se sente orgulhosa "pela perseverança, por não ter desistido, porque este caminho não foi sempre facilitado, teve alguns constrangimentos. Por outro lado, isto só foi possível por todos os que consideraram que a Enfermagem Familiar era importante para o desenvolvimento dos cuidados de saúde, e que o Modelo Dinâmico era útil, quer na construção de novo conhecimento em Enfermagem, quer como referencial para a tomada de decisão clinica dos enfermeiros. Agradeço a todos a honra e o privilégio”, conclui. 



 

Link Relacionado: Consulte a entrevista na íntegra
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