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Assinala-se a 11 de fevereiro de 2015 o XXIII Dia Mundial do Doente. Esta data foi instituída pelo Papa João Paulo II em 1992, tendo um forte carácter religioso e espiritual, mas não se esgotando nestas dimensões. Antes, é também um forte apelo social à valorização da pessoa que, estando doente, sofre, apelando à existência de esforços conjuntos para a prestação da melhor assistência possível, em todas as dimensões da pessoa, incluindo a sua componente espiritual e religiosa.

O Papa Francisco elegeu como frase de meditação para este ano "Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Jó 29, 15).

Que melhor frase para descrever os enfermeiros e a enfermagem face àqueles que estão doentes? Substituindo-os no que não podem, assistindo-os a encontrar outras formas de "ver”, ou outras formas de "andar”, facilitando o seu caminho, ou apoiando na caminhada da vida?

Para os enfermeiros (crentes ou não crentes) é um desafio ajudar os que sofrem a mobilizar as suas crenças religiosas, espirituais e/ou a fé, contribuindo para a vivência de uma transição saudável, facilitando a aceitação do estado de saúde e a construção de novos significados para a vida.

Neste dia, em especial, desafio-vos a pensar na vossa prática clínica e a implementar estratégias que, por um lado, valorizem o doente como pessoa mas, também, que apoiem os familiares cuidadores nos processos de cuidar de doente dependente.

Texto por Fernanda Bastos (adaptado)

Informação adicional

O Dia Mundial do Doente é também comemorado,
pela Igreja Católica, na Festa de Nossa Senhora de Lourdes,
correspondendo à data da primeira aparição de Nossa Senhora de Lourdes,
em 1858, em França.
É um dia que se pretende sensibilizar as pessoas,
particularmente os cristãos, para os doentes, fragilizados,
profissionais de saúde, cuidadores, voluntários e familiares,
entre outros, para a realidade do sofrimento e da doença, apelando e
promovendo a humanização nos cuidados a todos os que deles necessitam.
Anualmente, o Papa envia atempadamente mensagem para a reflexão
nas comunidades cristãs/católicas, a realizar nas diversas instituições hospitalares
e outras onde se encontram pessoas doentes ou de algum modo fragilizadas.
Geralmente, as atividades são da responsabilidade do serviço de capelania
hospitalar ou dos organismos relacionadas com a Pastoral da Saúde.
Este ano, o tema proposto pelo Papa Francisco é «Sapientia cordis» (sabedoria do coração).
"Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Job 29, 15).
Apela ao encontro com o irmão, estando com ele, servindo-o, indo ao seu encontro.

Texto por Isabel Ribeiro (adaptado)