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Ao longo dos tempos e desde a sua origem em 1945, a Organização da Nações Unidas (ONU) tem tido influência mundial, alertando para a necessidade de atividades de voluntariado em diversos sectores da sociedade, no sentido da justiça social e para a harmonia das sociedades.

Em 1985 a ONU convida os governos dos diversos países a celebrar, anualmente, o dia 5 de dezembro como Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Económico e Social (Resolução 40/212 de 17 de Dezembro), geralmente denominado Dia Internacional dos Voluntários.

Mais tarde, em 1997, define o ano 2001 como Ano Internacional dos Voluntários. Esta iniciativa tinha por finalidade melhorar o reconhecimento, facilitar, coordenar e promover o trabalho voluntário, envolvendo múltiplas entidades, motivando e envolvendo a sociedade civil.

Em 2001, a Declaração Universal sobre o Voluntariado da IAVE (International Association for Volunteer Effort), estabelece o direito ao voluntariado individual ou em grupo, livre de qualquer forma de discriminação e como contributo importante para a unidade entre os povos e nações, base para o desenvolvimento e humanização das sociedades.

Em Portugal surge a Lei n.º 71/98 de 3 de Novembro, que define o enquadramento jurídico do voluntariado no nosso país. Entre múltiplos aspetos define termos, tais como: Voluntário é o indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e no seu tempo livre, a realizar ações de voluntariado no âmbito de uma organização promotora (Artigo 3.º, n.º 1) e Voluntariado é o conjunto de ações de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidas sem fins lucrativos, por entidades públicas e privadas (Artigo 2.º, n.º 1).

Mais tarde, o Parlamento Europeu declara o ano 2011 como Ano Europeu das Atividades Voluntárias que Promovam uma Cidadania Ativa - Ano Europeu do Voluntariado.

A pessoa voluntária contribui gratuitamente para o bem comum com o seu tempo, o conhecimento, as habilidades pessoais, baseado em valores humanos como a solidariedade, a solicitude e a caridade, entre outros, implicando compromisso e confidencialidade. O seu agir reforça valores humanos e desenvolve competências, motivando a comunidade para identificação e resolução de problemas. Revela a preocupação para com o outro e também o respeito pela dignidade do outro, particularmente o vulnerável.

Muitas são as organizações com atividades de voluntariado em diferentes áreas de intervenção, entre as quais: ambiental, cultural, desporto, educação e ensino, saúde, reintegração social ou sócio caritativo.