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O artigo intitulado "Adaptação psicológica e o seu impacto na qualidade de vida e bem-estar espiritual - um estudo transversal com doentes oncológicos em fim de vida" aborda a perceção do indivíduo sobre a sua vulnerabilidade e finitude e o impacto emocional, causador de stress, e a adoção de estratégias que facilitem o processo de adaptação psicológica a uma melhor qualidade de vida e bem-estar espiritual.

Este estudo teve como objetivo identificar as estratégias de coping adotadas por doentes em fim de vida em cuidados paliativos e o impacto destas estratégias no bem-estar espiritual e na qualidade de vida.

A metodologia utilizada neste estudo foi de cariz descritivo, exploratório e de natureza transversal, utilizando o questionário sociodemográfico e clínico, a escala Mini-MAC, FACT-G e FACIT-Sp. 

Foi constituída uma amostra de 346 doentes oncológicos em fim de vida com sintomatologia controlada, assistidos nos cuidados paliativos de um hospital oncológico em Portugal.

Os resultados deste estudo realçam a adoção de estratégias focadas nas emoções como o "Evitamento Cognitivo" e "Fatalismo". Os resultados revelam ainda que o coping foi influenciado por variáveis relacionadas com as características sociodemográficas e com a doença. Foi ainda observada relação entre a qualidade de vida e o bem-estar espiritual. As estratégias de coping como o "Espírito de Luta" e "Fatalismo” provaram ser as mais adaptativas e preditivas de melhor qualidade de vida e bem-estar espiritual.

Este estudo conclui que os profissionais de saúde devem focar a sua abordagem nas estratégias de coping dos doentes oncológicos em fim de vida, dado o grande sofrimento físico e espiritual envolvido e a necessidade em adotar estratégias eficazes nesta fase da doença.