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O capítulo publicado, dedicado ao tema: Considerações bioéticas sobre o nascer e o morrer no século XXI, tem por objetivo ponderar as questões éticas que se levantam perante a evolução técnico-científica que vivemos e que nos permite intervir sobre a existência da pessoa humana, de modo particular no decurso dos processos de nascer e de morrer. 

Assim, partindo de alguns cenários imaginários, ilustrando circunstâncias particulares, leva-se a cabo uma reflexão bioética alargada, de modo a que cada leitor possa formar uma opinião mais esclarecida sobre estas realidades, levantando questões relacionadas. Desta forma, o capítulo indica pontos de partida para uma reflexão sobre o valor da vida humana e sobre os próprios conceitos de pessoa e de dignidade humana, principais bitolas de toda a reflexão bioética, de modo particular no contexto dos cuidados de saúde que se prestam no início e no final de vida.

Respeito e responsabilidade surgem, no ensaio agora publicado, como requisitos essenciais na manutenção da dignidade humana nestes contextos. Na ótica do autor, os limites da autonomia individuais são colocados, ao próprio, pela presença do Outro e, deste modo, interpreta a autora, tudo o que é possível ser feito deve ser eticamente ponderado, de modo a avaliar até que ponto é construtivo da pessoa e da sua dignidade ou se, pelo contrário, é ou pode vir a ser destrutivo da humanidade, de forma individual ou no seu todo. Refere a autora que, com prudência e sabedoria poderemos prever as consequências das nossas tomadas de decisão, pelas quais somos também responsáveis.

Na perspetiva da autora, deve, cada indivíduo, ponderar o valor que atribuí à vida, em geral, pois dele dependerá o valor que lhe é atribuído no seu início e no seu final, permitindo refletir sobre as mudanças que a evolução técnico-científica pode estar a introduzir no próprio conceito de pessoa e sobre os valores sobre os quais se está a construir e consolidar o progresso da Humanidade.

Está na consciência de cada um de nós, a chave para as soluções potencializadoras da pessoa e da sua dignidade, objeto e objetivo da bioética, refere.